A dupla britânica Chase & Status transformou o palco Sahara do Coachella em um imenso clube de dança ao ar livre, com sua sonoridade característica e participações especiais como a do rapper Stormzy. O espetáculo visual que acompanhou a apresentação foi um show à parte, com um design assinado pela High Scream, gerenciamento da NTRP, programação de Olly Walker e operação in loco de Elliott Mountford, da Ti²² Design.
No coração dessa produção estavam 172 equipamentos de iluminação da CHAUVET Professional, dos quais 104 unidades do modelo Color STRIKE M integravam o sistema fixo do palco, fornecido pela Volt. O pacote de chão da Colour Sound Experiment incluía outras 48 Color STRIKE M e 20 moving lights do tipo Maverick Storm 4 Profile. Os Color STRIKE M foram fundamentais para gerar efeitos de estrobo de alta intensidade, com disparos sincronizados via timecode, protocolo de temporização usado para alinhar iluminação e áudio com precisão, compondo uma performance visual de forte impacto.
“Foi um show grande e marcante”, comentou Mountford. “Estávamos operando cerca de 120 universos DMX entre o sistema fixo e o pacote de chão. A Volt posicionou os Color STRIKE M tanto nas estruturas aéreas quanto no perímetro do palco. Já o pacote de chão, projetado pela High Scream, incluía uma linha adicional desses strobes ao longo da parede de vídeo no downstage, ajudando a enquadrar visualmente todo o cenário.”
As unidades Maverick Storm 4 Profile foram posicionadas atrás da área dos DJs, fornecendo contraluz essencial para a maior parte da apresentação. “As duas luminárias centrais foram utilizadas para silhuetar os DJs em cerca de 90% do tempo”, acrescentou Mountford.
Todo o show foi minuciosamente programado com base em timecode, com exceção de alguns ajustes ao vivo para a luz principal (key light). Olly Walker, que já trabalhou com Mountford em diversas ocasiões, ficou responsável por montar o show-file em Londres, utilizando seu conhecimento aprofundado do repertório da dupla. Mountford, por sua vez, revisou o conteúdo em software de visualização (previz), adaptou à estrutura do festival e operou o show nos dois finais de semana do Coachella.
Entre os destaques visuais, Walker apontou a faixa “Innocence”, com um show de efeitos pixelados que se movimentavam em total sincronia com a trilha sonora. Para Mountford, o momento mais marcante foi a primeira ativação dos lasers: “Criamos um suspense e, de repente, acionamos todos simultaneamente; dava para sentir a reação do público.”
Segundo ele, a proposta era fugir dos excessos visuais e priorizar uma estética de contraste e precisão rítmica. “Muitos artistas naquele palco usaram muitos efeitos automáticos e improvisações. A gente quis que tudo estivesse perfeitamente alinhado com a música.”
Sincronia e impacto definiram o show da dupla britânica, que entregou uma experiência audiovisual digna do título de “monarcas da cena eletrônica do Reino Unido” ou, como ficou claro no Coachella, de qualquer outro grande nome do EDM atual.
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